domingo, agosto 28, 2005

Net

Tão? A página já carregou?
Inda tá a transferir merdas?
Já consegues ler um cu?

A Net dá um novo sentido à merda.
O quentinho até sabe bem
Quando tás a engatar gajas no msn
(O que não é pa todos...)
Mas fica um cheirinho
Quando tentas entrar no blog...

Foda-se! Até deixas de o conseguir!
Por isso é que o Nobody is
Nowhere to be seen!
Por isso é que no telefone
Só chove e ninguém fala!

E pós gajos com a net
toda finória ou catita
Na deixa de ser uma merda
Pois não escrevem nada decente
Nem em posts
Nem em comments

domingo, agosto 14, 2005

Passado vs Presente

Seria curioso ver um encontro entre um mitra da Damaia e um cavalheiro de classe média do Renascimento, com intuito de combinarem algo. Vejamos o que poderia ter acontecido:

- Tão cabrão da merda, o kéke se faz? Bora ao Colombo?

- Decerto não estais falando de Cristovão Colombo, o navegador espanhol, pois não?

- Er... ya, a tua mãe aos saltos. Se não keres ir só tens ke dizer ke na keres ir. Mas caga nisso e bora antes ao Vasco da Gama.

- Vós quereis ir “ao” navegador Vasco da Gama?!?

- Naguevador? Foda-se, de ke merda é ke tás a falar, pá? Tou a falar do centro, tás a ver, ke fika ao pé da torre, ao pé da ponte, tás a ver? É tudo Vasco da Gama, pá!

- Parai já com a sua conversa se não quererdes levar uma bengalada!! Vós estais enojando a minha pessoa com as suas palavras! Afinal, não gostais de mulheres?!?

- Mulheres? Ah! Tu keres é gajas! Tão bora à Kátia Vanessa, ka puta anda em promoção.

- Agora sim, estais falando a minha língua! Sabeis vós onde podemos apanhar um coche para casa de Madame Vanessa?

- Foda-se! Tu és memo um gajo marado dos cornos! Fecha mas é a merda da matraca e bora apanhar o bus...

....

Como podem ver, certas coisas continuam iguais entre a maioria dos homens, não obstante do número de anos que os separam...

sábado, agosto 13, 2005

Especial de Natal

São momentos como ver um Especial de Natal do South Park no pingo do Verão, ou olhar fixamente para um chinelo azul roto, ponderando no que irei escrever aqui, que me fazem “pensar”: “Que bom que é estar de férias! Acordar a meio da tarde para não fazer um cu, estar de papo pó ar na praia, boiar como um monte de merda no mar, usar a percentagem do cérebro que me permite não salivar incontrolavelmente... Resumindo: que bom que é não ter que pensar!”
E o que é curioso é que parece que não faço tanta merda nesta altura como naquela temerosa e sombria altura que me persegue durante a noite, tal e qual como vinte anões violadores, munidos de machados que gritam: “Xigou a ora de cortarte a madera”, deixando-me coberto de suores frios e a berrar histéricamente. Talvez faça tanta merda como sempre mas as pessoas não notem porque também deixaram de pensar...
Gostaria de acreditar nisso. Uma sociedade inteira que deixa de pensar para começar a sentir, que pára para ver o céu, o mar, os chinelos azuis e rotos, ou seja, a vida. Mas as coisas não são tão simples... Por menos dois grupos de pessoas combatem a simplicidade da existência. Falo só em dois porque são os da minha geração...
Temos os bacanos que esquecem a vida: enfrascam-se até deixarem de pensar porque sem alcool não são capazes, mas depois apanham uma piela tal que acabam por se esquecer do que viram, do que sentiram... Por isso, voltam no dia a seguir a enfrascar-se até conseguirem lembrar-se. E com estas andanças vão deixando passar a vida, até que um dia dão conta de que já são uns velhos carecas de 40 anos que se limitam a peidar no sofá enquanto mudam de canal e abrem mais uma cerveja. Falo em alcool mas há pior...
Depois temos os bacanos que não querem deixar de pensar. Não percebem porque é que alguém põe se quer em consideração esquecer-se de todas aquelas fórmulas matemáticas, esquecer-se que os pêlos do cu são proporcionais aos do nariz, etc. Acham tudo isso mais importante do que viver a vida e por isso perdem-na em busca de mais conhecimento, de mais fórmulas, de mais cenas estupidas que não interessam para nada. São esses os que têm mais medo da Morte. Porquê? Porque nenhum conhecimento lhes diz o que isso implica e porque não sabem o que fazer para evitá-la. Por isso estudam mais para a compreender, eventualmente criam uma família entre o trabalho só para que ninguém possa dizer que não estão a “viver a vida”, e voltam a estudar.. Até que a Morte aparece, sem aviso e completamente a cagar-se para as conclusões a que possam ter chegado... Esses bacanos odeiam as férias pois isso implica ausência de trabalho e de estudo.
Mesmo assim, tenho uma coisa em comum com eles: odeiam as férias da mesma forma que eu odeio o que não é férias, ou seja, aqueles meses em que me obrigam a pensar, para continuar a viver. Odeio ter que me tornar num ciborgue duas vezes por ano, mas gosto demais da vida para não me sacrificar um pouco...
Assim, são momentos como ver um Especial de Natal do South Park no pingo do Verão, ou olhar fixamente para um chinelo azul roto que me fazem “pensar”: “que bom que é não ter que pensar!”.

quinta-feira, agosto 11, 2005

Deep Thoughts

Quando era novo
O meu pai costumava dizer
Que o riso era o melhor remédio.
Deve ser por isso
Que muitos dos meus irmãos
Morreram de tuberculose.

Jack Handey

terça-feira, agosto 02, 2005

Livin Life

Estes ultimos 15 dias foram diferentes e surpreenderam-me bastante. Esperando umas férias vulgares, ou até menos do que isso, percebi logo no primeiro dia que nada seria igual. Rodeado pela Morte redescobri familia e amigos e obtive uma nova forma de ver o mundo. Depois estive no mundo que queria ver... Estando habituado a estar deslocado, para meu espanto descobri que só o estou no meu país. Logo ganhei mais força para continuar a fazer o mesmo de sempre: livin life.