domingo, novembro 30, 2008

Café olé

Je ne parle pas français
Mais je croix que si une personne habite à Paris
Le minimum qu’elle doit de faire
Est écrire quelque chose en français.
Donc, voilà !
Je peux parler de la vie à Paris
Ou de la vie en general.
Mais je ne sais pas les mots necessaires...
Je peux uniquement vos dire
Que le pain au chocolate est bon,
Le crèpe au Nutella est super
Et la Maison du Portugal est ma chez.

quinta-feira, novembro 27, 2008

Tambores e Espelhos

É interessante como a vida nos revela "façanhas" que nem nós sonhamos sermos capazes de as realizar. Não estou a falar de façanhas á James Bond ou á D'artacão, em que o herói da história debate-se com um número infindável de inimigos e sai sempre, ou quase sempre, ileso do combate. Mas sim daqueles façanhas que todos nós julgamos que nunca as iremos concretizar. Aquelas cujo o predicado das mesmas atinge um valor moral, insondável, mas não dogmático claro está, porque se assim o fosse realmente nunca as faríamos.
De certo, já passámos por situações ou experiências em que citamos as seguintes frases: "Isso nunca há-de acontecer!"; "Preferia morrer a fazê-lo!!". Pois é, a verdade é que muitas das vezes as coisas não se passam como apregoamos. E porquê...?
Uns dizem que é falta de coragem, falar é fácil e tal... Outros dizem que é apenas garganta, que é "bazófia", aquela que muitos têm aquando da realização de qualquer feito digno de ser realçado, como por exemplo... fazer uma tese sobre a eloquência e a total falta de gosto de um certo indivíduo, fazendo realce a toda a sua indumentária e não esquecendo claro, a pequena nota sobre a sua sensibilidade, apenas rivalizando com a de um penico, sem falar claro está naquele seu sorriso desarmante, que de grotesco tem tanto, como se testemunhássemos um rochedo a sorrir.. (não comentem). Mas a verdade é outra. A verdade é que por natureza o Homem tem tendência a criar camadas e camadas de cinismo sobre ele, o manto civilizacional praticamente obriga-o a tal, e isto é um processo automático, para muitos nada consciente, senão mesmo para todos. Por isso é que nos portamos de tal maneira.
É com tristeza que testemunho a muitas transformações. Suponho que muitas dessas tristezas passam por dois defeitos primários, inerentes ao homem e á mulher respectivamente. O defeito principal do homem, é que independentemente de como se comporte, nunca há-de concordar com o feitio da mulher... e isto é dito por MIM, uma pessoa que, e quem me conhece sabe disto, acredita plenamente que o homem foi feito para a mulher, e a mulher para o homem. Isto não tem nenhuma conotação religiosa ou homofóbica de nenhuma maneira, é apenas como eu interpreto as duas premissas (homem e mulher) num mesmo contexto. E o defeito principal da mulher é pensar que são muito maduras quando na realidade não o são. Acreditem, eu não sou nada machista, justiça seja lhes feita.. realmente as mulheres amadurecem mais depressa que os homens, fazem-se mulheres mais cedo, mas talvez seja por isso que têm este defeito. E é interessante ver as duas partes a "culminar", porque, e independentemente de tudo... resulta. Estes dois seres, intrinsecamente ligados, e polarmente opostos conseguem fazer os "filmes" mais incríveis e, ainda assim, saírem "ilesos da sua relação".
O mundo é um sítio estranho, mas o coração ainda é mais.

"O tambor é oco, é por isso que produz som. Tal como o espelho é vazio, é por isso que reflecte a imagem."

quarta-feira, novembro 26, 2008

Pequena Epifania

Quando dentro do coração a lembrança adquire um sentido, um propósito, chama-se intenção. Quando essa intenção permanece durante algum tempo, pode formar um desejo que, ao adaptar-se ás mudanças materiais dos objectos, adquire ambições, aspirações, e volta como uma ponderação, um pensar profundo... é chamado pensamento.

terça-feira, novembro 25, 2008

O método

Leio o texto de um amigo de longa data e encontro inspiração. Estou mais uma noite sem conseguir dormir e a minha capacidade de absorver o que leio ou vejo está alterada. Mas através do simples facto de ver que algo está lá para ser lido e avaliado, lógica e emocionalmente, dá-me força e inspiração.
É inegável que tenho passado por muito, que não sou o mesmo de antes, se bem que antes não sabia quem era e agora ainda me procuro. Mas sinto que estou diferente. E nada tem a ver com o facto de não estar no meu país. Nem sequer com as inumeras viagens que já fiz. Nem sequer tem nada a ver comigo, com aquilo que fiz, pensei ou planeei. Por incrivel que pareça estou diferente por causa das pessoas que me rodeiam. Nem eu, nem toda essa gente tem conscîencia do efeito que tem em mim. Apenas sei dizer que há algo indefinível.
E o que me fascina mais não são as nacionalidades, backgrounds ou sequer idades. É pura e simplesmete o facto de, por detrás de tanta aparente diferença, sentir que somos todos bastante iguais naquilo que procuramos na vida, se bem que nunca conseguimos definir o nosso objectivo de forma a que todos o compartilhem...
A forma como o tentamos atingir é que difere de pessoa para pessoa; é aquilo que nos torna únicos. Gostaria de ter o livro de receitas que me dissesse qual é a forma correcta para mim, uma vez que vão surgindo dúvidas no meu espirito sobre o método que tenho seguido. Começo a sentir que não estou a fazer as coisas da forma que considero certa; sinto que estou a fugir ao meu destino em vez de o tentar encontrar. Ando à deriva e como tal, ora puxo de um lado, ora afasto de outro, nunca me envolvendo em demasia pois isso prender-me-ia a um determinado método que pode não ser o meu. Tenho os comportamentos de 40 pessoas diferentes para ver se é na sua pele que encontro a forma certa e, como consequência, deixo de ser visto como uma pessoa estável ou, pior, sou visto como falso.
Todas esta dúvidas surgiram porque eu consegui, por algum tempo, desligar o meu cérebro por completo, e limitar-me a sentir. Certas coisas básicas em relação à minha personalidade só agora são visíveis, e o que me assusta (agora que voltei a ligar o cérebro) é que muitas das minhas decisões foram de certa forma masuquistas e com o intuito de ser conduzido a mártir (o que é certamente egoísta). Eu escolhi entrar num mundo que não gosto e criei histórias de como eu estou contra o mundo, sozinho numa guerra sem vencedores. Sempre pensei que o mundo estava errado mas nunca achei que talvez o problema fosse meu. Eu escolhi entrar nesse mundo e dessa forma deixei de ver outras facetas com as quais, provavelmente, me identificaria mais e onde seria apenas mais um. Certamente, tive e, de certa forma, tenho problemas com esse “apenas”, mas já estou farto de me distanciar de tudo e todos no mundo que escolhi. Preciso de mudar de mundo. Ao menos já consigo entender que pouco interessa o porquê das coisas antes de saber onde quero estar. Se vou pensar nalguma coisa, mais vale pensar onde quero viver em harmonia com outros para que assim possa encontrar a minha verdadeira forma de atingir o objectivo universal.


Pequeno aparte: As frase não estão bonitas nem tratadas pelo que este post vem depois dos dois que me conduziram à inspiração. Mas perfeito, mesmo, seria se estivessem lado-a-lado.