domingo, outubro 07, 2007

Incompetentes (II)

Só me lembrei hoje de procurar isto mas acho que é um pouco importante. Tou-me a cagar para o politico que estava a falar mas esta situação serve para reforçar a incompetência dos jornalistas portugueses.

Homenagem à estupidez cinematográfica

Olhaste para mim de relance
E eu senti que se tratou de um lance.
Os teus olhos profundos como o oceano,
Os teus cornos afiados há um ano,
O teu pêlo macio e suave
Que parece voar como uma ave,
Despertam em mim sentimentos
E por mais que evite, também lamentos.

Vi-te ao longe e perdi-me.
Aproximei-me e ri-me.
O teu perfume é divinal.
Lembra o campo pastal.
Mascas a erva com doçura.
Se fosse suchi, era tempura.
Deixas-me louco de desejo.
De ti preciso um beijo.

Linguado forçado mas gostaste.
Coice nos tomates me passaste.
Masuquismo pôs-me em delírio.
Prefiro o vaso ao lírio.
Vi-te por trás e não resisti.
Levaste uma palmada que até eu senti.
Foi de mansinho para afagar o pêlo,
Nada como quando dou a um camelo.

E finalmente chegou o momento.
Montei-te a ti como me sento.
E juntos partimos à aventura,
Com muito amor e muita jura.
Por muitos mundos passámos,
Muitas montanhas escalámos.
Eu em cima tu em baixo...
Assim é... Stardust.

Filmes

A vida devia ser um filme visto pelos olhos de uma criança de 4 anos. O olhar arregalado de quem não sabe o que vai acontecer a seguir, que acredita que tudo o que se passa no filme existe na realidade, que não consegue nem tenta prever o final, que sente e vive cada personagem.
Não existem momentos em que nada de jeito acontece. Tudo tem importância e traz uma mensagem para as personagens. E nos momentos mais marcantes, entra aquela música que nos marca e que associaremos ao filme para sempre, mesmo que de forma inconsciente. Todos os diálogos são perfeitos e temas danados e complicados são vistos de uma perspectiva única que apenas nos leva a valorizar a vida em vez de ter medo da morte. Não que a dor não exista nesses filmes; é também através da dor que sabemos que estamos vivos.
Mas tudo seria simples e não existiria preocupação com o futuro. Quando o filme acabasse, as personagens continuariam vivas, desenhadas num quadro imutável guardado em nós. Não pensariamos em sequelas pois o final foi perfeito; o filme foi perfeito.
O problema é que nada é perfeito; nem sequer as imperfeições que imagino nas pessoas correspondem às que nelas encontro. Há pessoas demasiado perfeitas tal como há pessoas demasiado reais, sem imaginação nem fantasia nos corações; com os pés firmemente assentes na terra. Se eu não vivo neste mundo, como poderei então conviver com quem não passa de figurante no filme fantástico em que procuro participar?