terça-feira, abril 22, 2008

Le empalance

Esta é a história de como fui empalado. Era uma vez um gajo, um gajo estúpido claro está. Tava o gajo a dormir e acordou com uma merda no ouvido. Era o caralho do despertador.
06:50. Manda o puto o habitual ronco, dá uma cacetada no animal e vira-se para o outro lado.
07:00. Foda-se. Isto inda tá de noite e é preciso alevantar-se? Não. Só mais cinco minutos.
07:10. Bora mandar a mijinha matinal? Mas há qualquer coisa que está mal. A sensação de alívio está acompanhada por uma sensação mental de desconforto. Algo está mal. Nem o coçar do cu atenua o desconforto de um cão que sabe que está a ir ao veternário para ser capado. Mas o tempo passa e é preciso avançar.
07:15. Vestido e cheio de remelas, o choninhas tenta dominar a selva que habita acima da sua testa com um pente que já teve melhores dias e que há muito deveria estar reformado.
07:20. O pacotinho de leite avec cholocolate lá entra devagarinho no bucho, acompanhado pelo maxilase, pois a gosma na garganta é irritante.
07:25. O totó vê-se com tempo e liga a televisão. Como sempre, nada de jeito está a dar. Acaba a ver o ínicio de uma série de sentimentos que já deu 464r437rt4 vezes na televisão (sim, é verdade, a partir deste preciso momento as letras "r" e "t" passam a ser números, porque sim).
07:35. Um puto tá grávido com a irmã da sobrinha da tia da cunhada da mãe dele e a história só agora está a ficar dramática. Mas o palhaço não está a prestar atenção ao enredo. Algo continua mal. A boleia já se deveria ter anunciado mas nickles bitoques. Será que adormeceu? O macaco resolve ligar e sem sucesso fica preocupado.
07:45. a boleia chega e toca. Algo ainda está mal mas o cocó tem que apanhar o elevador depressa porque senão chega atrasado. Boleia sonolenta sem nada de importante.
07:55. Ranheta e facada até arranjam bons lugares para estacionar o carro e vão chegar a horas. Uipi! Será que ainda dá tempo para o café? Não, não há moedas. Tão, bora lá!
08:00. Pera lá, não tá aqui ninguém... Tá tudo atrasado? Hum... Choninhas 2 retira o seu vigor de uma sacola e dá-lhe a utilidade que até agora não tinha tido. Segundo o vigor, os choninhas - o ranheta e facada - são mega estúpidos pois resolveram acordar mais cedo para vir levar porrada do ceginho.
08:10. Na eventualidade de ter que voltar de autocarro e assim demorar cerca de 35 minutos para chegar a casa, zezé camarinha planeia o homicidio suicidado para todos os presentes no trem.
08:12. Facada salva o trem amarelo através do reforço da boleia. Ranheta tenta agradecer entre risos e palavrões.
08:13. FODA-SE!
08:14. É a espiral do inferno!
08:15. CARALHO!
08:16. O palhaço pondera que se fosse atropelado, atingiria o auge do seu dia.
08:18. Como é que é possível?
08:19. Fase da negação.
08:20. O caminho errado é tomado pois cocó continua no veículo em movimento mas é subitamente esquecido.
08:21. Trânsito.
08:22. Cocó é esquecido novamente.
08:23. Puta da velha que foi comer o naco do Edmundo!
08:24. Atropela os putos!!
08:25. És pouco menor, és!
08:26. Finalmente, toino chega à escolinha e agradece a boleia.
08:27. Choninhas tenta provocar um atropelamento de dois putos.
08:30. Choninhas obra (Fox Trot).
08:40-09:30. Dragonball, simulando o camê-a-mê enquanto se come estrelitas do pacote.
09:30-09:40. Dormir ou não dormir. A cama chama mas o ódio é profundo.
09:40. Choninhas obra.
09:45. Bora escrever um post de forma a poder tornar eterno este empalanço? Bora!!

terça-feira, abril 08, 2008

Xhildrenhoody

Um dia acordei suado à tarde. Certas memórias ocultas no meu espírito vieram ao de cima, na minha cabeça, através de certas músicas. Era eu criança de poucos anos e, aparentemente, passava o dia a atirar o pau ao gato. Mas porquê? Será que eu era ainda mais perturbado do que pensava ou seria apenas extremamente estupído? Quer que se dizer, toda a gente sabe que só se atira o pau para o cão ir buscar ou para a girafa engravidar! É do senso comum! Mas o pior é que as memórias só agora começavam a ter a entoação correcta. Eu atirava o pau por um e só um propósito: eu pretendia assustar a soura dona Chica através do berro que eu iria provocar no animal, isto é, no gato. Várias questões surgem assim:

  1. Quem é a Dona Chica? Eu não me lembro de nenhuma soura de renome, assim de rompante. Será que fui drogado e violado com adubo quando era criança por tal dona e agora não me alembra?
  2. Porque pretendia assustar a soura dona? Quais são os meus motivos? Talvez uma pequena vingança pelo acidentezinho do adubo.. Foda-se, se assim for a cabra até teve sorte!
  3. Os gatos berram ou miam?
  4. Porque é que o gato berrou? Com a minha capacidade de apontar para um alvo de forma a acertar no dito cujo, provavelmente teria acertado na dona Chica. Se assim foi, é bem feito pá gaja aprender a não andar a brincar com adubo!

Felizmente, não me lembro do resto da música que representa a minha infância. Mas... Pera aí... NÃO! O que é que eu fui fazer à loja do Mestre André? Eu não sei tocar nenhum instrumento!! E aqueles ruídos do pianinho e parvinho e do catinho? O que foi isso? Será que a soura dona Chica também estava envolvida com o mestre André? Tinham, talvez, uma relação ilegal e ruidosa que envolvia adubo e jovens crianças? Estou deveras a ficar assustado! Tenho que limpar a mente e parar de me lembrar de coisas antes que.....NÃO! CABEÇA PARA BAIXO E RABINHO PARA O AR! Que infância foi esta!?!