segunda-feira, agosto 21, 2006

Ri-te sentado

Asdrubal andava por uma ruela quando alguém lhe chamou a atenção. Era Mikaela Vanessa que o chamava de uma avenida. Encontraram-se no largo e iniciaram um diálogo. “Tão! Tás aqui?” pergunta Mikaela. Asdrubal, existencialista assumido, entra em pânico. Ora, se ela estava lá ao fundo e viu-o então é porque ele estava acolá. Se se aproximou, então, em princípio, sabia que ele estava no que outrora era acolá e agora aqui. Tendo isso em conta, porquê perguntar se ele estava ali se de facto ele ali estava e todos o sabiam? Quer dizer, pelo menos Asdrubal deveria sabê-lo pois de facto tratava-se da sua pessoa que se encontrava naquele local. Seria uma pergunta rasteira? Será que se tratava de uma tentativa de constatação de que a realidade não é real pelo que na realidade ninguém saberia se de facto estava ali, ou noutro plano dimensional, possivelmente comendo croissants com chocolate ao som da noite estrelada?
Que resposta poderia Asdrubal dar? “Sim” parecia um bocado óbvio e talvez ingénuo caso a realidade não fosse real. “Não” era perigoso: Mikaela poderia ripostar com uma piada formada do tipo “Oh! Lá estás tu!”. Aí seria o fim de Asdrubal. O suicídio apareceria na sua mente tal como a luz no local onde o sol não brilha. Se estavam aqui como poderia ele estar lá, longe dela que, já se tinha confirmado, estava realmente aqui. Asdrubal não sabia o que responder. Desesperado optou por fingir-se surdo e perguntar: “Então? Tudo bê?”.
Erro crasso. Mikaela Vanessa não era amadora. Almejando com força feri-lo, atirou sua resposta como uma poia na sanita: “Cá estamos...cá estamos”. Os multiplos neurónios de Asdrubal migraram para sul, deixando seu cérebro oco face a tal resposta. Asdrubal não tinha força para retorquir mentalmente, pelo que delegou a sua capacidade para seu pénes. A partir daí tudo ficou mais simples. Deixando de observar a face embigodada de Mikaela, Asdrubal focou-se no seu top sem alças e na sua copa C. A felicidade foi, no entanto, fugaz. O seu pénes era também existencialista assumido. Aliás, outrora Asdrubal e seu pénes tiveram uma discussão acesa sobre o que era mais notável de se observar: se os azulejos do chão ou o céu. Asdrubal esforçava-se imenso e com a ajuda da sua mão direita por convencer seu pénes de que o céu era mais belo, mas este contrariava-o focando-se nas belas imagens do calçado português.
Mas a que se deveu essa fugacidade? Ao top. Porquê um top sem alças? Todas as mulheres sabem que cerca de 2.67 minutos após vestirem o dito cujo, terão que puxar com ambas as mãos a vestimenta para cima para que os seus peitos não se libertem. E assim estão toda a noite, abanicando suas mamas para cima e para baixo, prendendo-as e escravizando-as. Porquê?
Estava o pénes assobiando o “Grandola Vila Morena” em bi menol quando Mikaela interrompeu o seu raciocinio, puxando o seu top para cima. Aparentemente, durante todo este periodo de reflexão Mikaela estivera falando sobre algo associado remotamente ao Alentejo.
O pénes, pensador zarolho que era, esforçou-se por elaborar uma frase que demonstrasse a atenção de Asdrubal em relação ao tópico da conversa. Ao fim de cinco minutos lá se exprimiu: “Se os teus montes são assim, estou mortinho por ver a herdade”. Tinha nexo uma vez que no Alentejo as herdades e montes são regra.
Mas a reacção não foi a esperada. Em vez de um estalo e um pontapé nos avulsos penduricalhos vizinhos do pénes, Mikaela mostrou-lhe, de facto, a sua herdade. Não era assim tão surpreendente: com um nome daqueles, a menina tinha que ser prostituta assumida.
Estavam eles na rotunda, cruzando os seus bigodes e afins quando o pénes de Asdrubal, com a sua voz abafada, deixa soltar em alivio um desabafo: “Eh! Espero que sejas boa à mesma quando eu estiver sóbrio.... e que aceites Visa”. Foi o fim da cacetada. A moçoila não aceitava Visa, pelo que tiveram que ficar por ali. Mas o pénes de Asdrubal lá conseguiu aprender algo com seu encontro: “O céu até é bacano”.

Tributo ao Levanta-te e ri
(baseado num stand-up de Bruno Nogueira)

quarta-feira, agosto 16, 2006

I spy with my little eye

The only roots that matter
Are the ones that give you life
Not the ones that stuck you to the ground
And keep you from flying
From living

To achieve happiness
You only need to lose
Lose the game, lose sometimes
Lose time, lose stress
Win life

Happiness is in your mind
You may do everything right
And even so feel hollow
Cause you have too much
And not enough

The more you win
The more you may lose
The more afraid of losing
You cannot trust, you just worry
You need to survive

What’s the problem?
We’re here to survive
Survival of the fittest

Darwin didn’t solve the puzzle
Only animals survive

Our parents fought for our survival
We should now fight for more
We’re more than animals
We deserve more than that
We must live

We don’t need to kill to survive
We don’t need to win
That is the easy way
The narrow minded way
We need to trust

Fear is an emotion
Understand emotions
You’re intelligent
Think about it
Calm down

Why do I try to explain?
They don’t see me, they don’t believe
They think everyone’s the same
So I don’t exist
I’m a freak of nature

For that I must thank you
I’ve never felt so strong as now
To be a freak is in fact my nature
But Nature accepts me as a freak
As everyone is like me: unique

segunda-feira, agosto 14, 2006

"Seiada" - uma versada catraia que vive em Seia


A minha hora chegou... Vou!
Pensas que é chouriço?... Enganas-te!
Sobe, sobe que a tua hora chegou!
Iiii pá!
Vai que a nossa hora chegou!
Quando te estiras ao meu corpo retiras.
Não gosto de ti!
És uma pêga!
Não saltes ou morres!
Pensas que cheiras a Tulicreme?... Não!
Cheiras a Nocilla e depois?
Vais nos comer aos dois?
Só se for barradinho com manteiga
com algumas carnes várias,
qual rodízio qual salsifrada,
vou a correr até não ter nada!
Depois de correr sabe bem lamber
mas só até não doer!
Um dia vai-te acontecer uma coisa que me aconteceu,
vais te matar!
Uma noite saberás o que é o sangue...
Pois vais esgravatar até não ter mais catotas e talvez bolotas...
REPITO!...És uma pêga!
(Entrada da música popular dos "Era")
Ameno!
(Saída da música dos "Era")
Vou morrer pois já não tenho...
Ninguém para foder!
Esta semana passada em Luanda,
foi uma banana...
Quando me vi cercado,
fui logo empalhado pois
tentei ser marado e
fiquei encalhado!
(Agora num tom entediado)
Ai a minha vida!
Ai a minha vida!
Que começou e logo FODEU!
Vou buscar uvas ao frigorífico
e talvez encontre algumas peixotas.
Se não me levarem a mal...
Serão todas mortas!
(Entrada da música popular portuguesa "A Loja do Mestre André")
Ai olé!
Ai olé!
Foste enrabado por puré!
Ai olé!
Ai olé!
Foste empalhado para Nestlé!
(Música a esticar-se....)
Não te lembras de mim pois eu sou uma violadora...
Ai, ai, ai, uma violadora...
Ai, ai, ai, uma violadora...
(Saída da música que em tempos foi referida)
(Entrada da música "Amigas 4ever" - A melhor música tecnho desde Prodigy)
Pôça. Tens uma lágrima no olho...
Pôça. Tens uma lágrima no olho...
Vai dar a volta e talvez leves no sobrolho...
Vai dar a volta e talvez leves no sobrolho...
Ai! Que levei na breguilha!
Ai! Que levei na breguilha!
Com uma força que mais parece uma presilha..
Com uma força que mais parece uma presilha...
Ai! Que levei na pilinha!
Ai! Que levei na pilinha!
Com uma força de uma velhinha...
Com uma força de uma velhinha...
Ui, o meu colhão inchou.
Ui, o meu colhão inchou.
Às vezes passa,
outras vezes não passa.
Às vezes passa,
outras vezes não passa!
(Saída da melhor música actual)
Só me dá vontade de ir dormir ,
começar a chonar,
e talvez rir...
Vou-me embora desta terra,
mas fico bem pois penso cá para mim:
- Eu sou gay!

Nota final:
Gostaria de agradecer a identidades várias por me terem proporcionado um belo ambiente para a proliferação de tal parvidade pois a parvidade não cresce das árvores... Cai abruptamente tal como se fosse um ecalitro a cair em cima de uma velha alentejana... Dá pena mas no fundo é cómico.

quinta-feira, agosto 10, 2006

Agora

O agora é uma dádiva... por isso é que se chama "Presente"

terça-feira, agosto 08, 2006

Iauman

Tablier do carro (foi a tua mae)! Após o óbséquio, da filosofia do pensamento, da introspecçao intrinseca do cateto do corno, chegámos á seguinte conclusão: catar catotas com o dedo mindinho do pé (cujo o nome ninguem consegue identificar) é tão bom ou mais bom, do que cossar o esquerdo com o dicionário de Sudanês - Cervo-Croata (apenas, e somente, a segunda edição de 1999).

PS: Já agora, ou como o grande nacional ou portugues zarolho Camões diria, fdx... queremos dar as boas vindas a mais um tugaholic palhaço nesta vida que é um circo, também chamado iauman. Esperamos com grande ansiedade, e com um pouquinho de tesão, o desenvolvimento das teorias: "O fundamentalismo das pilas na testa e os tomates nos olhos." e o "Campeonato internacional de cagadelas no pote (distãncia 145 metros) categoria expert 6 meses." Caso estas teorias não sejam feitas, ou realizadas, esbufetearemos as suas nádegas com um croissant misto ou de chocolate (em preparação...). Sem mais assunto em questão... obremos...

Mr. Nobody e hcg (os detentores do poder)

quinta-feira, agosto 03, 2006

Who you gonna call?

I dunno anyone better to call when my life is in danger. And the brittish share my opinion.
However, his voice could be a little bit more powerful. And less vintage porno alike. If they had this in Portugal, at least they wouldn't be hiding the truth. It wouldn't be that hard. There wouldn't be any lies.

Nobody, first foto... Can you find a better one that's original? ;-)

Hell frizzed with fear

Nothing keeps me warm
Nothing keeps me alive
I’m dead and I know it
I’m dead and I like it

Leave me alone!
Let me die in piece!
I’m cold and I like it
Let me be!

I’m dead but full of life
The life I want
The life that keeps me cold
Let me watch the world move!

I won't live like everyone else!
I do not play, I do not win, I do not lose
I just live for the small moments
When everything stops and listens

And I hear the silence
I feel the silence
There are no rules
I can hear the silence

I do not think
I don’t need to think
I’m not playing the game
I’m just livin' life