sexta-feira, junho 02, 2006

Miragens

As primeiras miragens começam com o calor. Sonho que estou a dormir e acordo para perceber que ainda não tinha adormecido. Levanto-me, atravesso uma praia e vou à casa-de-banho comer rissois. Volto ao quarto e vejo-me no Colombo a discutir a razão de ser das paredes estarem altas. Olho para o terceiro andar mas só vejo o quarto e aponto o dedo. Estou a apontar para um macaco e vejo-o na Cidade Perdida saltando entre televisores plasma que passam publicidade sobre aparadores de nariz. Acho isso extremamente ilógico pelo que vou pescar para a Worten. Então lembro-me que me esqueci da cana de pesca e volto para a praia para descansar um pouco. O filho da mãe do macaco ainda lá anda a saltar nos televisores. Fico farto e desligo a televisão. O macaco desaparece. Volto para o quarto e sento-me no trono de porcelana. Faço um teste aí e acho que tudo corre bem, apesar de faltar papel higiénico. Vou à cozinha para buscar o autoclismo e descubro a cana de pesca. Então lembro-me que não sei pescar e volto-me a deitar.
Tudo isto sem adormecer porque aparentemente não tenho nada com que sonhar. Preciso de dormir e deixar de pensar. Preciso de férias.

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