Há uma cena que eu não percebo.
Porque é que sempre que andas em frente, só vês o caminho percorrido?
Porque é que os fantasmas do passado te atormentam o espírito?
Porque é que quando dizem que és novo
Só penso no que já fiz
E no que falta fazer
E noto que não fiz nada do que queria.
Concordo que havia cenas que eram um bocado estupidas...
Mas nem as mais simples ainda fiz
E o olhar de quem diz que sou novo
Já muito tinha percorrido com a minha idade.
Será que a culpa é dos outros?
Da "minha" geração limitada no sonho pois não tem tempo?
Ou será que sou eu?
Percorro o caminho de costas
Pois tenho medo de tropeçar quando olhar em frente
Se um dia olhar em frente...
Talvez, seja eu
Tenho tanto medo que o passado me esfaquei as costas
Que decidi ignorar o futuro.
Proteger-me.
O que é curioso é que se o faço só estou a tentar sobreviver
E aquela história do viver que tanto apregoei vai-se por água abaixo.
Talvez seja isso o que gajos idioticos como eu fazem
Escrever sobre o que querem ser
Não o que são.
Senão, vejamos
Qual era o otário que iria perder tempo a escrever coisas
Em noites de insónias
Se estivesse a viver como queria?
Quando era puto não era isto que sonhava
Mas é bastante mais fácil escrever
Do que falar, agir, viver.
Basicamente, é só garganta.
Lembrei-me dum poema.
Nada destas merdas que faço para me entreter
Este sudoku de palavras.
Um poema a sério.
Vou procurá-lo.
Já me acompanha o espírito faz anos
Apesar da razão o combater
E como não tenho nada melhor para fazer...
segunda-feira, julho 09, 2007
Perdido
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1 comentário:
Porra tá pouco profund tá!
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