quarta-feira, abril 11, 2007

Incompetentes

Estou a começar a ficar farto. Toda a gente tem a mania que é gestor porque gere a sua vida. Eu já montei um móvel do IKEA e estou longe de ser carpinteiro. Não ando por aí a mandar bitates sobre a madeira de cerejeira. Isso não significa que não tenha opinião sobre a madeira, mas não passa disso. Agora, se fosse a entrevistar um carpinteiro estudaria pelo menos um pouco a profissão para não fazer perguntas completamente absurdas, como é óbvio.
Quer dizer, eu achava que isso era óbvio mas aparentemente não é. Não tenho a mania de me meter nas politiquices pois disso nada sei nem tenho paciência para saber. Mas também não deixo de ouvir o que dizem. E hoje ouve uma entrevista em que se falou de gestão e economia e aí já sinto que posso mandar bitates. Não gosto do Socas como também não gosto da oposição mas hoje descobri que ainda gosto menos dos jornalistas.
Existem perguntas inteligentes que poderiam levar o Socas a sair da sua área de conforto e esclarecer assuntos que interessam ao país e ao Zé das Couves e existe o ataque pessoal com vista à descredibilização da pessoa. Independentemente da forma escolhida, uma coisa é certa: o jornalista tem que perceber minimamente do que está a falar. Não foi o caso e já não o é há pelo menos uns anos, que eu saiba (antes disso ainda brincava com legos). Os jornalistas tinham mais conhecimento sobre o conteúdo do estômago do Primeiro-Ministro do que sobre o conceito de PIB mas apesar disso fizeram perguntas sobre ambos os temas e tentaram atacar o homem com essas perguntas. Mas neste caso, o Socas até sabe umas coisinhas sobre gestão e ainda se lembra do que almoçou, pelo que saiu o tiro pela culatra.
O que os jornalistas têm que fazer é voltar para a escolinha e aprender gestão ou então parar de mandar bitates sobre o que não sabem e meterem economistas a fazer as perguntas certas (pronto, vá lá, os jornalistas ainda podem perguntar sobre a licenciatura do Primeiro Ministro para não se sentirem tão inúteis...).
Não sei se estavam a mando do Belmiro de Azevedo ou não, nem me interessa, mas esta entrevista só serviu para ajudar o Socas publicamente, não tanto por mérito dele, mas mais pela estupidez dos jornalistas. Bom trabalho!

Sem comentários: